04 agosto 2009

Resultado do Prêmio São Paulo de Literatura 2009.

Surpresa boa num resultado que saiu do convencional e mostrou que a literatura de qualidade ainda pode vencer os melhores prêmios no Brasil.



Ontem à noite, nós da Rato de Livraria tivemos a satisfação de assistir à cerimônia de premiação dos melhores romances de 2008, nas categorias “Melhor Livro do Ano – autor estreante” e “Melhor Livro do Ano”, do Prêmio São Paulo de Literatura 2009, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

O evento ocorreu no Museu da Língua Portuguesa e reuniu os principais nomes do mercado editorial da atualidade, além do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab. Com a apresentação de um vídeo sobre os dez finalistas das categorias e um sofisticado coquetel, os convidados tiveram a alegria rara de presenciar uma premiação ousada e surpreendente.

Ronaldo Correia de Brito, com o livro Galiléia (Ed. Alfaguara), e o estreante em romance Altair Martins, com a bela obra A parede no escuro (Ed. Record), levaram cada um R$ 200 mil, o maior prêmio em volume de dinheiro no País.

O que mais chama a atenção foi a brava coragem que moveu o júri final a escolher obras de grande valor literário e que não estavam tão cotadas para levar o prêmio.

Uma lembrança justa e honesta é que a Editora Record emplacou os dois campeões na edição anterior do Prêmio, e nesta teve seu escritor Altair Martins laureado como estreante. Este fato mostra a importância de uma editora tradicional e de grande porte, como a Record, investir na literatura brasileira, principalmente em autores contemporâneos estreantes, ação pouco comum nos dias de hoje.

Os livros finalistas foram escolhidos após avaliação de júri inicial formado pelos professores Ivan Marques e Marcos Moraes, pelos escritores Menalton Braff e Fernando Paixão, pelos livreiros Paula Fabrio (da Rato de Livraria) e José Carlos Honório, pelos críticos literários Marcelo Pen e Josélia Aguiar e os leitores Márcia de Grandi e Mario Vitor Santos.

O júri final, que elegeu os dois vencedores, contou com o livreiro Aldo Bocchini, o crítico literário Luis Antonio Giron, a professora Walnice Nogueira Galvão, e o leitor Claudiney Ferreira, além de Cristóvão Tezza, escritor que ganhou o mesmo prêmio no ano passado.

A Rato parabeniza os vencedores, todos os escritores inscritos (foram 217), o Governo do Estado pela iniciativa e as editoras participantes. E que venham novos prêmios e bons livros para se ler.