01 setembro 2005

Poema de Paulo Taranto Reis

Um Rosto

Entre o compasso do tempo
Correndo entre rostos
Que passam como a poeira
Por nós despercebidos
E despersonalizados, encontramos
Nas tumultuadas calçadas da vida
Um rosto talvez conhecido talvez
De uma forma telegráfica
Até mensageiro, este rosto
Envolto de presente e passado
Misturado como o cimento
E a areia no edificio empoeirado
De nossa memória, vem a nós
Uma lembrança um tanto vaga
Um tanto clara, de já ter amado
Aquele rosto...
Que torna a perder-se
No compasso do tempo
A margem do dia a dia...

Paulo Taranto Reis