13 outubro 2006

Dostoiévski como poucos já viram


A senhoria

Fiódor Dostoiévski

Em 20 de outubro de 1846, Dostoiévski escrevia a seu irmão: "Todos os meus planos foram por água abaixo e ruíram por si mesmos... Abandonei tudo [que estava escrevendo], já que isso não passava de uma repetição de coisas velhas. Agora idéias mais originais, vivas e luminosas brotam de mim no papel... Estou escrevendo outra novela, e o trabalho vai de vento em popa, está saindo com facilidade e frescor, como nunca..."
A novela a que Dostoiévski se referia com tamanho entusiasmo era A senhoria, que viria à luz no ano seguinte. Ao contrário de suas expectativas, entretanto, Bielínski – o mais influente crítico literário da época – tratou a obra como um disparate, fruto da "fantasia mirabolante" do autor.
De fato, as inovações que Dostoiévski introduziu com relação ao foco narrativo – bem como a trama que liga o intelectual e sonhador Ordínov à figura misteriosa de Katierina – permaneceram totalmente incompreendidas em seu tempo. Só no século XX, uma nova geração de leitores iria reconhecer neste livro, escrito quando o autor tinha 26 anos, uma obra-prima que antecipa Memórias do subsolo (1864) e seus grandes romances da maturidade.
Pela primeira vez em tradução direta do russo, A senhoria conta, nesta edição, com 14 xilogravuras de Paulo Penna e um esclarecedor posfácio de Fátima Bianchi, no qual a tradutora reconstitui o conturbado ambiente literário da época, destacando a atualidade da contribuição de Dostoiévski.

"Uma vez conquistado pelo clima intrincado e movediço da narrativa, o leitor percebe que está diante de uma obra-prima." (Paulo Bezerra)

Tradução, posfácio e notas de Fátima Bianchi
Gravuras de Paulo Camillo Penna
144 p.
De R$ 29,00 por R$ 24,65

Encomendas pelo fone 11 3266-4476 ou pelo e-mail ratodelivraria@uol.com.br

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