31 maio 2006

Carta ao Público

A Rato vem a público para agradecer, compartilhar algumas coisas e também para pedir desculpas a cada um dos seus clientes e amigos pelas atrações anunciadas que faltaram ao nosso sarau de domingo passado.
Anunciamos os escritores: Fabiano Calixto, Micheliny Verunschk, Fred Barbosa, Marcius Cortez, Maria Alice Amorim, Pedro Américo de Farias, que muito nos prestigiaram com sua presença.
Também anunciamos o talentoso Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, que chegou quando muita gente já havia ido embora, por volta das 9 da noite, e nos agraciou com textos de muita inteligência, lírica e encantamento.
Mas pedimos desculpas pela ausência do escritor Xico Sá, que havia confirmado presença, mas que, por motivos alheios ao nosso conhecimento, não veio à livraria para a leitura do livro Catecismo.
Pedimos desculpas também pela falta de Clayton Barros, do Cordel do Fogo Encantado, que juntamente com Lirinha teria feito uma apresentação pra lá de especial. O músico veio de um show no interior paulista e estava muito exausto para se apresentar na Rato.
E, por fim, pedimos desculpas pelo pessoal do Bicho Falante que não compareceu ao Sarau.
Por isso ficamos sem música, a não ser pelas “cantatas” do Pedro Américo, que foram sem adjetivos!
Gostaríamos de prometer que isso nunca mais acontecerá, mas não podemos, está fora do nosso controle. Infelizmente, coisas como o “furo” de um escritor acontecem nas melhores livrarias.
Mas não estamos aqui apenas para nos desculpar, mas também para agradecer e compartilhar os resultados do nosso primeiro ano e do nome sólido que estamos construindo no mercado.
Quanto aos agradecimentos. Agradecer pelo carinho neste primeiro ano de vida, agradecer pela marca alcançada nesta semana, quando cadastramos nosso cliente número 1001.
Agradecer pela presença das 160 pessoas que prestigiaram nosso sarau de aniversário. Aliás, tivemos 3 saraus num único mês, Maio, o de aniversário, o da Virada Cultural, e o pernambucano, organizado pelo amigo querido, escritor, revisor, cordelista, multiculturalista e excelente companheiro de trabalho, Pedro Américo de Farias. Todas as noites tivemos casa cheia e sucesso absoluto.
Queremos também agradecer a presença de todos os escritores que já estiveram na Rato e que já se tornaram amigos: Marcelino Freire, um cara humano, grande, humilde, inteligente e dono de uma das maiores vozes literárias do Brasil. Mariana Ianelli, poetisa que para nós da Rato foi a grande revelação do ano, que escreve com amor pela arte, dona de um dom que só os grandes gênios possuem. Nelson de Oliveira, que logo de estréia na Rato nos presenteou com um post em seu blog, no qual teceu os melhores comentários sobre nossa livraria. Obrigada, Nelson. João Carrascoza, contista excelente, literato de mão cheia, figura simpática e adorável. Moacyr Godoy Moreira, parceiro 100% e um dos principais responsáveis por reunir tantos talentos em nosso espaço. Laura Bacellar, que nos prestigiou desde o começo com suas oficinas, seu público, pela iniciativa de utilizar a Rato como espaço de locação para uma entrevista na GNT. Ao escritor Fabrício Carpinejar, pela sua presença e leitura em dia pós-Bienal. Pedro Américo de Farias, por tudo o que já dissemos. Fred Barbosa, pela força que nos dá na Casa das Rosas, pela confiança em nos passar o importante trabalho de restauro do acervo do Haroldo de Campos, sem dúvida um ícone da intelectualidade brasileira.
Queremos agradecer à nossa equipe de trabalho, especialmente à Ju Almeida, pela simpatia com que sempre recebe nossos clientes. À Zuzima, pela dedicação e amor à livraria.
Agradecimentos especiais também aos músicos Zé Modesto, Ana Leite, Mauricio Baraças e Danile, que levaram música de excelente qualidade para a Rato.
Obrigada Débora Tavares pelo haicai. Dani Nastari, pelos conhecimentos bárbaros de História da Arte.
Nosso maior agradecimento ao público leitor, pessoas comuns do cotidiano, a dona de casa, o vizinho da livraria, o médico, o psicólogo, o professor, gente que escreve nas horas vagas, que sequer tem livro publicado, mas que na maioria das vezes têm “horinhas de descuido” e produz a melhor literatura do País. Pessoas assim, comuns, são sempre convidadas a ler seus textos na Rato, misturando-se a escritores publicados, e dão um colorido todo especial aos nossos saraus, diferenciando nossos eventos, fazendo da Rato um lugar autêntico, e não uma livraria de plástico.
Por isso pedimos para que escritores e editores prestem atenção na Rato, que façam seus lançamentos com a gente, pois aqui a literatura encontra-se diariamente com o leitor de verdade, aquele que aprecia uma boa história, aquele que compra livros. A Rato não é um local onde, como costuma acontecer em outros estabelecimentos de São Paulo, um grupo de escritores se reúne para ouvir outros escritores ou pretendentes a, e o texto não sai daquele circuito.
Outro dia ouvimos um elogio que foi definitivo, pois veio mostrar que estamos atingindo nossas metas e reafirmando nossa missão.
O editor Jiro Takahashi disse que na Rato “só tem livro bom”.
Sim, é isso que a Rato quer: ter somente livros de extrema qualidade em suas prateleiras.
E aí fica o recado: leitores, temos 6 mil títulos nas prateleiras, e são a “nata” literária.

Como balanço deste primeiro ano, temos um saldo bastante positivo e algumas idéias que continuarão norteando nosso caminho: a Rato veio para ficar. Veio para fazer o que é difícil. Veio não apenas para vender livros (o que já é complicadíssimo), mas para vender os MELHORES LIVROS. E veio par chamar todos seus clientes pelo nome, com atendimento feito pelas proprietárias, Paula Fábrio e Viviane Magnon, na indicação de todos os títulos. Não tem outra livraria igual. Uma marca que está sendo construída com muita batalha, amor e personalidade. E que venha o segundo ano da Rato.
Boas leituras e boas compras.